quinta-feira, 30 de junho de 2011

Finais e começos - Capítulo I

Hoje foi meu último dia de aula na faculdade. O último dia oficial, a última aula, a última vez que vou à faculdade, entro numa sala, sento assisto o professor falando sobre algo, depois converso com amigos e colegas, brinco, rio, ando pelos corredores, escolho um lugar pra ficar. Foi a última vez que fiz isso!
Terminei a faculdade. Agora só irei vez ou outra para mostrar a evolução do meu TCC para meu orientador e depois disso ir apresentá-lo e... só.É só isso que vai ser daqui pra frente eu e meu orientador. Nenhuma aula, nenhum colega.
Por um lado estou muito aliviada e feliz, afinal eu consegui! E consegui com louvor (se é que eu sou alguém pra dizer isso), sem DP, fiz um único exame na vida (e por pura desatenção), nunca perdi data de trabalho, a aluna exemplar. Além disso, eu acordei anos e mais anos às 5 horas da matina e resisti bravamente, somente com um pouco de mau humor matinal.
Tipo: EU CONSEGUI ! Passei por muita coisa difícil e mesmo assim não desisti, não abandonei tudo, não joguei tudo pro alto.
Apesar disso tudo, por outro lado me sinto muito insegura e um pouco triste. Não que nunca mais verei meus amigos, eu sei que quem é realmente amigo vai continuar, só que de outra forma. Fico insegura por causa da profissão (como já disse antes) e um pouco triste por ter passado rápido, fica uma sensação de que não aproveitei ao máximo. Sei lá é estranho!
Assim como foi muito estranho sair de lá do modo que sai pela última vez, nunca mais vou ter as conversas que tive naquele lugar. Agora serão outros encontros, em outros lugares, com outras pessoas, de outros modos.
Foi tudo pela última vez e saímos como se ainda houvesse muitas outras, mas eu me toquei, senti, me choquei com isso.
Vou começar outras coisas, não que eu terei uma nova vida, mas agora já sou formada, já tenho uma profissão, já sou alguém. Ainda tenho muito mais, eu sei, mas eu já passei uma fase, já dei um level up!
Daqui pra frente é incerto, porém agora estou certa de que serei e conseguirei muito mais. Este é o final de um capítulo e o começo de muitos outros que ainda virão.

From: Google Imagens

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Special Day

Hoje é um dia bem especial para mim. É o aniversário do homem que me gerou, educou, me manteve (e mantém até hoje) e que me ama mais que tudo. Ele me fez ser quem sou e contribuiu em cada passo na minha vida desde os primeiros.
Também é o aniversário do homem que aprendi a amar e compreender, que conheci quando ainda era um garoto cheio de incertezas e quem eu quero passar minha vida toda junto, compartilhando.
É incrível isso! Alguém que eu não escolhi para estar na minha vida e que amo tanto fazer aniversário exatamente no mesmo dia de alguém que eu amo tanto e que escolhi para estar na minha vida.
Ao mesmo tempo tão iguais e tão diferentes. Ambos com a missão de me amar e cuidar de mim e só sei que quando um me deixar voar para emprestar um pouco mais pro outro, o outro vai me agarrar pra ficar só com ele.
Eles são especiais pra mim. Eu nem tenho palavras para expressar tanto amor... só quero dizer que espero que ambos vivam muitos mais dias 29 de Junho e ao meu lado! Sei que isso não é possível, mas quero tê-los eternamente. Se não acontecer, sei que eles estarão pra sempre aqui no meu coração que é onde os carrego para onde vou. 
Pai, Fa Parabéns!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Minha Primeira Grande Pedalada – Parte III (FINAL)

(Parte I e II Aqui e Aqui)
E hoje o Gran Finale tão aguardado:

Talvez essa tenha sido a maior pausa do dia, pois quando encontramos comida estávamos com tanta fome que precisamos de um tempo pra sacia -lá. O mais legal desta parada foi que nossas bicicletas ficaram no para ciclos bem seguras com cadeado enquanto comíamos sossegados nosso lanchinho.
Já estava ficando tarde e precisávamos voltar pra casa, para isso primeiro deveríamos achar a saída. Como já havíamos rodado o parque inteiro umas três vezes achamos que sabíamos sair, porém não contávamos que o portão 3 era o mesmo que o 4 e, por isso, passamos um pouquinho, mas isso não foi quase nada perto do que fizemos durante o dia.
A rota pra voltar para o Ana Rosa era bem sossegada, com poucas subidas e ruas bem asfaltadas (sem muitos buracos), o único inconveniente foi uma ruinha que transformaram em condomínio, mas nem atrapalhou tanto assim, pegamos a paralela e deu na mesma.
O metrô foi revigorante, pelo menos pra dar uma esfriada nas pernas que já começavam a sentir o peso do passeio, no entanto a pior parte de todas estava após o Vila Prudente, como já havia percebido descemos um monte pra chegar lá, portanto pra volta... Muitas subidas.
Em vários pontos desta parte do percurso tive que descer do Clodoaldo e empurrá-lo morrinho acima, uma vez paramos e ficamos uns 10 minutos sentados. Enfim, a parte final foi bem tranqüila e a ciclovia de perto de casa pareceu um laguinho perto do riozão que havia enfrentado no decorrer do dia.
O dia foi tão bom, tão perfeito, que hoje só queria fazer tudo de novo, apesar das dores que estou sentindo. O Clodoaldo bem no finalzinho resolveu murchar o pneu, mas nisso só faltava uns 500m pra chegar em casa. Como sempre uma boa bicicleta!
Estou super feliz e realizada com esse passeio, era um sonho andar no Ibirapuera de bike, principalmente depois da vez que andei na dupla com um amigo.
Enfim, recomendo a todos que buscam fazer algo diferente de suas vidas... Vá de bike!
Fa no Parque das Bicicletas - By: Pri


Em cima da Passarela - By: Fa







segunda-feira, 27 de junho de 2011

da vida...

O fato é que não estou exatamente feliz com minha vida, na verdade nem seria com TODA minha vida! Nem posso reclamar de certas coisas... tenho uma família legal, um namorado fofo, uma casa pra morar, comida, roupa lavada, um estágio meio interessante, e ainda por cima estou terminando a faculdade.
O ponto é exatamente esse, estou terminando a faculdade e isso não está legal. Sinto que em parte cresci e aprendi várias coisas legais, por outro lado parece que foi meio vazio e em vão tudo isso.
Não me sinto muito feliz com minha formação e parece que não irei muito longe com ela e, aqui a questão nem é tanto financeira, eu só não acho que vou poder fazer o que eu gosto! Sei lá pensava em algo maior que isso...
Na verdade eu nem esperava tanto assim, mas já que eu resolvi fazer esse curso eu criei outras expectativas e no fim a minha profissão é muito ingrata.
Sei que ainda posso fazer outras coisas e provavelmente vou fazê-las, mas faltou algo nesse fim de curso. Talvez tenha haver com o fato de que este semestre foi simplesmente muito ruim o que me deixou mais desanimada, porém de forma geral não estou visualizando o futuro que eu esperava após concluir essa fase da vida.
Espero mais, esperarei mais...

Minha Primeira Grande Pedalada – Parte II

(Parte I Aqui)
Foi muito legal fazer o caminho do metrô pela segunda vez, estava bem mais confiante e infinitamente feliz. Chegamos ao metrô e o mais difícil de todo o trajeto foi descer as escadas! Meu deus, como tem escada dentro do metrô, e ninguém pensou numa rampinha não?!
Dificuldades a parte, descemos no metrô Ana Rosa e seguimos rumo ao Ibira. O caminho foi bem fácil e super tranqüilo por ser feriado (demoramos cerca de 25 minutos contando com as escadas!).
Quando chegamos ao Ibirapuera ainda pedalamos por pelo menos 10 minutos até chegar ao lago. Estava extasiada com o que havia feito! O Fa disse que toda hora eu olhava pra ele e ria sem falar nada, realmente fiquei muito feliz com essa conquista. Não descansamos nem meia hora e já estávamos de novo pedalando pelo parque que, aliás, estava com “trânsito” de bicicletas.
Não contente com tudo que havia feito, resolvi que deveríamos procurar a ciclo faixa de lazer e ir ao Parque da Bicicletas, o Fa meio cansado já hesitou um pouco, mas embarcou na aventura comigo.
A grande dificuldade foi encontrar a tal ciclo faixa, depois disso foi moleza ir até o Parque das Bicicletas! Um caminho suave, plano, sem curvas, sem carros, no asfalto, tudo o que um ciclista sempre sonhou.
O Parque é lindo e só tinha bicicletas por todos os lados (pelo menos nesse dia), além disso, é bem mais vazio do que o Ibirapuera, apesar de bem menor. Curti muito conhecer este lugar e recomendo o passeio.
Novamente ficamos uma meia hora descansando e voltamos para o Ibirapuera, desta vez ficamos rodando um tempão de bicicleta dentro do parque para encontrar algo pra comer.

Continua...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Minha Primeira Grande Pedalada – Parte I

A primeira vez a gente nunca esquece! O primeiro beijo, o primeiro namorado (a), a primeira vez... andando de bicicleta, ontem tive a minha primeira grande pedalada!
Já faz quase um ano que aprendi a andar de bike, mas de lá pra cá costumava pedalar somente curtas distâncias aos fins de semana, sempre com meu personnal bike anjo. Íamos quase todos os sábados dar uma voltinha na ciclovia, voltávamos pra casa e ficava por isso mesmo.
Nos últimos meses eu comecei a querer ir cada vez mais longe e ficar por mais tempo pedalando e foi aí que decidi que até agosto iria numa pedalada/bicicletada.
Meu personnal Bike Anjo não deu mole e começamos um intenso programa de treino. A primeira lição seria conseguir pedalar em linha reta (eu andava totalmente torta!), depois desviar de obstáculos (sempre batia em postes e árvores! rsrsrs) e por último foi a vez de eu conseguir atravessar a rua sem virar pedestre, essa foi a lição mais difícil, devido ao meu medo dos maníacos ao volante.
Foi então que comecei a treinar pra ir da minha casa até o metrô Vila Prudente, cerca de 7 km. A primeira tentativa foi horrível, o Fa perdeu a paciência, eu morri de medo dos carros, paramos um pouco e por fim eu consegui fazer 1/3 do trajeto. Na segunda tentativa já estava bem mais confiante, desta vez fizemos um pouco mais de 1/3 do caminho e voltamos logo em seguida. Na terceira vez era hora de ir até o destino final: O metrô Vila Prudente, e eu consegui direitinho. Saímos num domingo de manhã, demoramos quase 1 hora entre paradas para tomar água e descansar, chegamos, sentamos num pedaço de concreto, esperamos 15 minutos e voltamos. Uma grande vitória pra quem nunca havia feito isso.
Resolvemos que já podíamos marcar um passeio legal e ontem foi o dia do tal passeio. Acordamos mais cedo, preparamos mochila, bike e água, tudo nos conformes! Iriamos ao Parque do Ibirapuera de bike.

Eu no Metrô Vila Prudente
Continua...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Maçã

Ultimamente devido a algumas reclamações da minha mãe e namorado, tenho comido mais frutas e com mais freqüência. Com isso sempre acabo levando uma maçã ou banana na mochila/bolsa para quando estiver com fome, mesmo porque descobri que maçã faz bem para os dentes, além de te deixar com hálito fresquinho.
From: Google Imagens
Até aí tudo ok, estou mais saudável e sem mau hálito! Mas percebi que isso é outra coisa que me faz diferente das outras pessoas. Calma lá vou explicar...
Eu sei que comer frutas é comum e tudo mais, e que várias pessoas fazem isso diariamente e, por isso mesmo eu não sou especial nem diferente de ninguém e ninguém publica isso num blog, etc. Acontece que o diferente é quando e onde como minhas maçãs!
Outro dia estava no metrô e ai pensei: “Puxa, nunca vi ninguém arrumadinha como eu (Modéstia mode: ON) comendo maçã no metrô!” Foi aí que reparei que, aparentemente, as pessoas aqui em São Paulo tem um ritmo de vida tão esquizofrênico que até seus modos alimentares são assim.
O “normal” não é comer maçã, mas sim um salgadinho gorduroso, doces, refrigerante, essas coisas... Uma mulher toda arrumada, indo pro trabalho, comendo maçã, chega a ser um pouco brega!
Enquanto comia minha maçã tranqüila e feliz, pensava nisso tudo e viajava de metrô me achando especial, porque afinal de contas deve-se ter culhões para comer maçã no metrô de São Paulo!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sobre como aprendi a andar de bicicleta

A minha primeira “tonquinha” como minha mãe até hoje diz, não era minha, mas sim do meu irmão, azul com rodas vermelhas e do tamanho perfeito para uma criança entre 2 e 3 anos. Lembro que costumávamos dividir em quatro a “tonquinha”, eram meu irmão, eu, minha prima e meu primo, ficávamos às vezes a tarde toda brincando com uma única “tonquinha”.
Obviamente meu irmão cresceu e não coube mais na “tonquinha” e, não sei bem como, ganhou uma bicicleta. Minhas lembranças não são bem precisas quanto a isso, mas tenho quase certeza de que ela era vermelha, da caloi e com rodinhas removíveis.
Como moramos em uma casa com quintal bem grande desde esta época, lembro que dava pra descer o quintal (é uma rampa) inteiro sem se preocupar, ou ainda andar na parte plana por algum tempo sem deixar de ser divertido.
A bicicleta, assim como a “tonquinha” foi compartilhada por meu irmão comigo, que na verdade estava mais preocupada em alimentar minhas bonecas do que em correr e ficar me fadigando. Por esses tempos meus primos também ganharam suas respectivas bicicletas e meus avós e meus tios (pais dos primos) adquiriram uma pequena propriedade no interior de São Paulo, minha mãe ficou sendo o único membro da família a morar em São Paulo, sendo assim quase sempre viajávamos para a casa dos meus avós/tios e consequentemente sempre víamos nossos primos. Com tudo isso acontecendo não haveria hora melhor para aprender a andar de bicicleta, a chácara era suficientemente grande e, além disso, havia as ruinhas de terra ao redor, sem carros, sem trânsito, sem ladeiras, tudo o que todos os pais pediram a Deus.
Minha mãe nunca soube andar de bicicleta e meu pai... bem meu pai parece que não lembrava. Meu irmão já sabia, minha prima (que eu idolatrava na época) também e meu primo quase da minha idade também! Só restava eu. Assim meu pai toda vez que tinha tempo tentava incessantemente me ensinar. Não vou dizer que nunca tinha pedalado sozinha, mas eu nunca tirei as rodinhas.
From: Google Imagens
Lembro de uma vez que ele me largou (como todo mundo faz quando se está ensinando a andar de bicicleta) e eu simplesmente parei com medo de cair. Acho que depois disso jurei que nunca mais subiria numa bicicleta.
Claro que de vez em quando eu tentava, mas nunca conseguia dar uma pedalada sozinha, achava impossível me equilibrar naquele negócio.
Passou algum tempo e novamente meu irmão ganhou uma bicicleta, desta vez ela era enorme e eu nem conseguia me acomodar direito, pois meus pés ficavam muito longe do chão. Novamente houve algumas tentativas frustradas, eu desisti de andar de bicicleta e assim como apareceu, a magrela do meu irmão sumiu.
Meus amigos sempre me questionavam o porquê de eu não saber andar de bicicleta e eu nem sabia responder, me sentia muito mal com isso, pois pra mim eu que era A burra. Mesmo assim, ainda tentei andar certa vez com minha prima e uma amiga dela no interior, mas nem preciso dizer o mico que eu paguei ficando pra trás e parando a cada duas pedaladas.
Muito tempo se passou e agora estava com uns 17 anos, só que agora não importava mais saber ou não andar de bicicleta, isso era coisa de criança, ninguém fazia mais! Contudo, uma vez fui no Ibirapuera com um grupo de amigos, avisei que não sabia andar de bicicleta, mas de tanta insistência e com aquela frase “- Tudo bem a gente pega uma dupla e eu vou com você!”, resolvi tentar. Foi uma lástima! O amigo que me carregou na bicicleta dupla deve ter ficado com trauma (coitado!).
Fiquei longos 4 anos sem nem tentar subir numa bicicleta, foi quando meu namorado sentiu que precisa voltar a fazer isso e, no seu aniversário comprou uma bicicleta. Parecia que um mundo novo havia se aberto para ele, toda hora era hora de bicicleta. Com isso ele sentiu a necessidade de me ensinar a pedalar...
As primeiras lições foram na querida (e agora não tão gigante) garagem da minha casa, assim como fazíamos com a “tonquinha” fiquei descendo a rampa diversas vezes e treinando frear, assim foi por umas 3 vezes, agora era a hora de aprender de verdade!
Marcamos um dia e fomos à ciclovia que tem perto das nossas casas, era uma tarde bonita e agradável, após várias explicações e dicas foi a hora de subir na Wendy, a bike do Fa. Ele me segurou deu uns últimos toques e me soltou para um novo mundo, logo já  sai pedalando e tentando me equilibrar, em menos de uma hora estava andando por meio quilometro de ciclovia sozinha, foi incrível!
Uns dias depois pegamos a bike de um amigo nosso emprestada, agora era hora de andarmos juntos mesmo, ninguém me seguraria, exceto (é claro) meu primeiro tombo! Mas essa é uma outra história...