segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ciclo-debate: William Cruz e Soninha Francine

Desta vez o debate seria sobre Mobilidade Urbana, no mesmo bat local, na mesma bat hora, porém desta vez chegamos cedo e escolhemos nossos assentos, um do ladinho do outro.
O William já estava lá com seu filho e sua esposa, obviamente que ele não nos viu, mesmo porque nem sabe quem somos. A Soninha chegou um pouco mais tarde meio esbaforida, mas toda simpática.
Conversaram, ela sentou-se e anotou, anotou, anotou e observou, até fiz uma piadinha com o Fa sobre isso: “Estou me sentindo na escola quando a professora ficava anotando os nomes dos alunos que não se comportavam no diário”.
Quem começou falando foi o William, ele falou mais sobre bike e tudo que tem haver, falou por mais de 1 hora ininterruptamente e rapidamente, sua fala foi clara e seu pensamento bem organizado. Depois a Soninha falou sobre cidades sustentáveis, na verdade ela reutilizou uma apresentação de slides de outro evento, porém não deixou de ser totalmente cabível ao evento que estávamos.Ela também falou um monte, mas com um pouco mais de calma.
Saímos com uma sensação muito boa sobre tudo o que foi dito e, mesmo sem o debate em si, senti que não havia mais nada a ser dito.
Ao fim vi a Renata Falzoni, grande lenda do ciclismo urbano, e falei um oi para a Aline, deste post aqui, ela foi muito simpática e atenciosa, perguntando o que eu havia achado e me incentivando a ir ao próximo debate de bike para fazer o passeio que terá depois.
Eu só queria dizer que foi o máximo tudo isso, não vou fazer um grande resumo sobre o debate, mesmo porque eu nem tenho memória nem bom senso para isso, mas quem quiser saber mais detalhes, aqui e aqui tem ótimos resumos.
From: Facebook Shimano

terça-feira, 19 de julho de 2011

Eu e “O mundo mágico de Escher"

Escher com certeza foi um grande artista e pensador da sua época, desenvolveu conceitos nunca antes pensados e criou obras que instigam e intrigam até hoje.
Acordei sábado relativamente cedo, me troquei, encontrei com o Fa, peguei ônibus, metrô e cheguei ao CCBB na esperança de: chegar, esperar um pouco, entrar, ver a exposição e sair. Ok! Fiquei só na esperança mesmo...
Chegamos, fomos para o final da fila que ficava após o quarteirão e além, persistimos firmes na fila por mais de 2 horas esperando para entrar e, quando entramos, esperamos mais uma meia hora para entrar na primeira sala.
Acredito que a exposição foi muito bem preparada e organizada, porém não previram a quantidade de pessoas que a visitariam. Era muita gente para muita fila.
Fila em todos os lugares! Todos!
Já não agüentava mais ter que esperar um segundo sequer para entrar em alguma sala, por isso nem vi o tal filminho que tanto me falaram e acabei indo embora decepcionada. Não pela exposição em si, mas porque tinha muita gente, muita fila, pouca interação e acabou sendo mais cansativo do que divertido.
Voltamos tarde e fiquei com uma sensação de “podia ser bem melhor”! Mas... fazer o que?!

From: Google Imagens

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cycle Chic por acaso

From: Google Imagens
Cycle chic é um movimento a favor de pedalar com roupas comuns, não necessariamente chiques, mas aquela roupa que você usa para trabalhar, passear ou sair com os amigos.
Eu sempre andei de bike com minhas roupas mais velhinhas e meu all star que já está bem surrado (e furado), mesmo porque, com exceção do passeio no Ibirapuera, eu nunca fiz grandes distâncias com intuito de deslocamento.
Neste fim de semana íamos a uma exposição no centro da cidade e, como não agüento mais pegar ônibus, resolvemos ir de bike até o metrô. Por se tratar de uma exposição eu não queria ir do melhor estilo “acordei e sai assim mesmo”, portanto fiz uma produção um pouco mais bonitinha, coloquei meu all star branco mais novo, calça jeans mais novinha e uma blusinha que costumo usar pra trabalhar ou pra sair mesmo.
Por estar meio frio/meio calor, eu fiquei um pouco preocupada em ir só com uma blusinha e depois passar frio! Daí resolvi levar a bolsa que uso pra ir trabalhar que tem uma alça maior que possibilita colocá-la de lado e dentro coloquei um suéter e um cachecol para a volta, que seria mais a noite.
Para me proteger do sol e do possível vento que iríamos pegar a noitinha, resolvi colocar uma boininha que gosto muito.Equipei o Clodoaldo com água, peguei a chave da corrente e coloquei minhas luvas roxas super fofas que ganhei recentemente.
Estava pronta e assim partimos...
A bolsa não me incomodou nem um pouco, foi uma ótima escolha, a coloquei para trás e fomos que fomos. A boina também ajudou muito, pois o sol estava muito forte.
Cheguei ao metrô ainda toda arrumada e só um pouco suada, nem precisei parar no banheiro!
Na volta coloquei o suéter, o que deixou a bolsa mais leve, e nem precisei do cachecol porque estava me esquentando muito. A boina, como previsto, protegeu minha cabeça dos golpes de ar impedindo que meu rosto ficasse gelado.
Paramos na casa do Fa e, como estava tarde na hora de ir embora, deixei minha bike lá, mesmo porque estava muito cansada e o Clô com o banco muito baixo.
No dia seguinte saímos novamente, desta vez sem as bikes. Fui almoçar na casa do Fa e aproveitei para trazer o Clodoaldo de volta, como não tinha pensado em trazê-lo eu fui passear de meia calça e melissa (esta sandália aqui), mesmo assim não hesitei em subir na bike e fazer o curto trajeto de volta pra casa.
Foi tão tranqüilo isso tudo que nem percebi direito o que tinha acontecido, só quando cheguei ao portão da minha casa e disse: “Fiz um cycle chic hoje!”, que me toquei de que não preciso estar “vestida de ciclista” para ser ciclista, muito pelo contrário! O bom é você estar confortável e feliz e andar de bike do jeito que quiser.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Meeting: Casa das Rosas, Claúdia e Aline

Terça-feira (05/07) começou um ciclo de debates sobre bicicleta na Casa das Rosas. O primeiro tema abordado foi “As mulheres e a Bicicleta” que teve a participação da Claudia Franco (Ciclofemini – mulheres pedalando pela autoestima) e da Aline Cavalcante (membro do grupo Pedalinas e da Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo).
Casa das Rosas - From: Google Imagens
Não conhecia a Claudia e, a Aline conhecia muito pouco devido a lista de discussões das Pedalinas e por segui-la no twitter, também nunca tinha ido à Casa das Rosas (recomendo a todos).
Vários fatores contribuíram para resolver que iria à palestra: o Fa ia comigo (oportunidade de matar a saudade), eu estava ansiosa pra “conhecer” a Aline e talvez algumas pedalinas, minha necessidade de entrosamento com outros ciclistas, a proximidade do meu trabalho (900 metros !), horário favorável e o tema em si.
Tudo combinadinho e bonitinho sai do trabalho tranqüila, comi, me encontrei com o Fa e partimos rumo à Casa das Rosas. Chegando lá fiquei maravilhada com a beleza do local, ainda por cima estava com uma iluminação bem bacana por já ser de noite.
Quando entramos a sala estava lotada, havia apenas 2 lugares (fomos premiados!) para sentar e um senhor falava.
A primeira a falar foi a Claudia, ela contou como começou a pedalar o que a impulsionava  e um pouco sobre o que é a Ciclo Femini. Achei o relato dela bem bacana e me identifiquei muito com certas coisas.
Logo em seguida foi a vez da Aline, o momento mais chocante e descontraído da noite, primeiro porque assim que ela começou a falar o povo ficou histérico (Vai Alineeee !), depois ela mostrou 2 vídeos, o primeiro foi uma reportagem que ela apareceu da Gazeta, o segundo foi o primeiro vídeo que assisti na minha vida de ciclista. A apresentação dela foi bem singela, mas eu considerei extremamente verdadeira... Era ela que estava falando do fundo do coração (que meigo ;) ).
O momento que mais marcou foi quando ela disse "Há vários problemas para pedalar na cidade, mas nenhum deles é mais forte que a minha vontade de pedalar", isso realmente emocionou e me fez ter mais vontade de ir mais longe de bike.
Outra coisa bem legal foi ver o William Cruz do Vá de Bike, eu pensei: “Pô cara, eu leio essas pessoas diariamente e estou no mesmo lugar que elas, no mesmo “nível”! são pessoas normais, que trabalham, estudam, saem pra passear... são gente como a gente!” .
Depois de a Aline ter falado foi a vez do cara da Shimano (promotora do evento). Ele falou (ou tentou) sobre a importância de equipamentos femininos e seu uso adequado, pessoalmente não curti muito. O ápice mesmo foi a discussão super acalorada sobre capacetes!
Fomos embora sem falar com ninguém, mas com uma sensação muito positiva! Quando voltávamos para casa não paramos de falar um segundo sobre essa noite.
O Fa falou uma coisa que me chamou muita atenção e vou terminar o texto com isso:
“Quando começou eu pensei que era bem parecido com a faculdade: uma pessoa falando e todo mundo lá prestando atenção, mas depois vi que é muito melhor porque primeiro que as pessoas prestaram muita atenção e respeitaram quem estava falando e depois quando teve debate as pessoas expunham o que pensavam de forme lógica e não tipo eu discordo e pronto!Elas tinham opinião”
E foi exatamente a mesma impressão que tive, que as pessoas que estavam lá eram seres pensantes e isso, meus caros, é extremamente raro hoje em dia.
Algumas fotos Aqui.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sabe calibrar gata?

No dia que dei minha primeira grande pedalada estava voltando pra casa, no finalzinho do percurso, quando ouvi um barulho estranho vindo da minha roda traseira. Aparentemente o pneu sofreu muito e ficou muito vazio no final do dia.
Depois disso por causa da correria e tudo mais, fiquei mais de 1 semana sem pegar no Clodoaldo.Sábado resolvi que precisava arrumar a roda, que na minha cabeça só precisava ser “cheia” (ou calibrada).
Sempre que vou fazer qualquer ajuste no Clodoaldo vou com o Fa, por me sentir mais segura (até por ele entender melhor) e pra ninguém me sacanear, porém nesse sábado não deu pra ele ir e eu queria fazer isso o mais breve possível, antes da bicicletaria fechar.Resolvi que iria sozinha mesmo.
Fui toda feliz e contente ao posto de gasolina que deixa usar o calibrador em bike e como em todo posto, este tem uma loja de conveniência e uma mesa do lado de fora que aos sábados é ocupada por babacas bebuns sem atividade.
Arrumei confortavelmente o Clo, ajustei a pressão e quando fui encaixar a mangueira aparece um cara de estatura baixa e cervejinha na mão ao meu lado e eis que aconteceu o seguinte diálogo:

“- Aí gata sabe calibrar?
- Sei
- Porque com 36 você vai explodir a roda!
- Não vou não, essa é 36!
- Ah é? Então tá!”

From: Google Imagens
Ele voltou ao grupinho dele. Eu calibrei minha roda e como o previsto ela não explodiu!
Sai feliz por ter encarado mais um babaca com toda minha classe. Achei engraçado, mas por outro lado fiquei ofendida, afinal só porque sou mulher não sei calibrar o MEU pneu?! Fala sério!
Aos babacas de plantão: Deixem de ser machistas, cresçam e apareçam! Mulher também vota e calibra pneu, seja de carro ou bike!